quarta-feira, 28 de novembro de 2012

HAVIAM GARÇAS

          Olá meus amigos, familiares e afins...  Peço desculpas por ter estado ausente por tanto tempo. É que  sou assim mesmo, uma mulher de fases, como a lua. Bom, acho que somos todas!!! Mas estou de volta e louca para interagir, compartilhar, dar e receber carinho de todos!!!...
        Bom, vou lhes falar do presente inusitado que recebi do meu marido faz alguns dias... Acho que foi no sábado passado que ele entrou em casa carregando uma caixinha de papelão com o maior cuidado e dizendo: _ Eu tô apavorado!!!!  Adivinha o que eu tenho aqui? Mal pude acreditar quando vi que eram quatro filhotes de Canarinhos da Terra.  A história tinha tudo pra terminar em tragédia, mas a mão de Deus (e do Cuti) mudou o destino desses pobres orfãozinhos. Eles viajaram de Rolante a Taquara dentro do cano  de um reboque que foi emprestado por um amigo, sem serem percebidos.  Foram salvos graças a algazarra que fizeram por estarem  famintos. Resultado, tô desde sábado alimentando os bichinhos de hora em hora. Pobre mãe biológica, deve estar procurando pelos filhos até agora!! É surpreendente ver o quanto seres tão frágeis e indefesos podem ser ao mesmo tempo tão fortes. Eles passaram quase dois dias sem comer e estão vivos. Se fossem bebês humanos,  talvez não tivessem sobrevivido. A natureza é sábia, e os animais mais vitais do que o homem  para o nosso planeta.  Só sei que em breve meus protegidos ficarão  independentes e serão soltos para voar livres pelos matos da nossa cidade!!! E que Deus os proteja dos bodoques e das gaiolas!!! Amanhã postarei aqui algumas fotos dos quatro figurões, prometo.
            A propósito, revirando meus escritos encontrei este pequeno poema, bem oportuno, inclusive, por isso resolvi compartilhar com vocês...

              Haviam garças

              Eram garças brancas, pernas longas, lembro bem...
              Deviam estar ali, perto da sanga
              Mas onde está a sanga?
              Será que esqueci o lugar?
              Talvez não puderam voltar...
              Voltar, mas voltar pra onde, porque?
              Se secaram a sanga que havia ali!
              Será que verei de novo aquele mágico revoar?
              Aquele alarido ao entardecer?
              Que triste cenário vim encontrar, meu Deus!
              Aterraram a sanga, partiram as garças!
              Que pena, a cidade cresceu!
              Como lamento, a natureza perdeu!
              Perdemos todos, as garças, tu e eu!