Queridos leitores, para estrear este blog, criado com o simples propósito de exercitar uma das coisas que mais gosto de fazer: escrever poesias (ou algo parecido), selecionei uma em especial que escrevi no ano de 1999, leva em seu título o nome do lugar onde meus pais viveram sua infância e mocidade, aproveitando o ensejo de prestar-lhes uma homenagem, ainda que tardia.
Quando aceitei a idéia do meu marido de criar este blog publicando minhas singelas poesias, me veio a mente um pensamento de Leão Tolstói: " Se queres falar para o mundo, começa por falar de tua aldeia." Dizem também que um escritor escreve na esperança de recompor um mundo perdido, acho que comigo funciona mais ou menos assim. Acredito que ao redor do mundo, a começar pela minha aldeia, deve existir pessoas que, assim como eu, sentem saudade de outros tempos. De um tempo em que não haviam tantas descobertas tecnológicos e, ainda assim, viver era mais interessante.
Bom, feitas as devidas considerações, deixo vocês com a poesia de que falei anteriormente e com a promessa de publicar outras aqui, oportunamente.
Passo do Mundo Novo
Fonte de uma saudade que nunca se esvai
Berço da humilde infância de minha mãe
E da meninice rude de meu pai
Da pedreira de meu avô Valdovino
Das peripécias do tio Valmor ainda menino
Do cheiro de endro no armário da vozinha
De quando as artes compensavam as dores que a gente tinha
Cenário das minhas férias com os primos no sítio dos tios
Da tábua de sonhos da madrinha
Do som vindo logo de manhazinha
Tocado por um rádio de válvula na cozinha
Da melodia das taquareiras na várzea do Rio dos Sinos
De seu lento bailado no compasso do vento
Da carreta puxada por dois bois brasinos
Murmurando com suas rodas um lamento
De quando a sesta era uma espera torturante
Pois fosse com chuva ou sol escaldante
Não se podia perder um só instante
Passo do Mundo Novo
Passo da minha vida
Lugar sagrado pra mim
Campo santo daqueles
de quem herdei esse amor sem fim
*******************
As fotos abaixo são de construções que existem até hoje no Passo do Mundo Novo
E da meninice rude de meu pai
Da pedreira de meu avô Valdovino
Das peripécias do tio Valmor ainda menino
Do cheiro de endro no armário da vozinha
De quando as artes compensavam as dores que a gente tinha
Cenário das minhas férias com os primos no sítio dos tios
Da tábua de sonhos da madrinha
Do som vindo logo de manhazinha
Tocado por um rádio de válvula na cozinha
Da melodia das taquareiras na várzea do Rio dos Sinos
De seu lento bailado no compasso do vento
Da carreta puxada por dois bois brasinos
Murmurando com suas rodas um lamento
De quando a sesta era uma espera torturante
Pois fosse com chuva ou sol escaldante
Não se podia perder um só instante
Passo do Mundo Novo
Passo da minha vida
Lugar sagrado pra mim
Campo santo daqueles
de quem herdei esse amor sem fim
*******************
As fotos abaixo são de construções que existem até hoje no Passo do Mundo Novo
Querida Valquiria.
ResponderExcluirSó mesmo de uma pessoa sensível como tu és, poderiam sair palavras tão lindas e com tantos sentimentos. Obrigado por compartilhar estas maravihas!
Parabéns.
Cuti
oi Val, a poesia brota da alma e da paz de cada um de nós. Parabéns pela tua iniciativa! Vai nos fazer feliz e a ti tbem! muito linda tua primeira postagem! bj Nanda
ResponderExcluir"Não é amigo aquele que alardeia a amizade: é traficante; a amizade sente-se, não se diz." -- Machado de Assis
Querida prima Val adorei sua poesia.Adorei a ideia de nos dar um pouco daquilo que não temos mais. Chorei por lembrar destas pessoas tão queridas e amadas. Beijos com saudades Medi
ResponderExcluirAmor da minha vida, tu és e sempre serás a inspiração maior dos meus dias. Obrigada por me ajudar com este blog, tu és o meu gênio.
ResponderExcluirBeijo da tua Val
Nanda, fiquei muito feliz com tuas palavras, saiba que as que escrevo são para pessoas queridas como tu.
ResponderExcluirUm abraço afetuoso e grato, cunhada!
Medinha, prima amada do meu coração, vindo de ti essas palavras tem ainda mais importância, pois a razão maior de tudo isto é o resgate da história da nossa família. Um abraço que vai do RS a SC
ResponderExcluirValquiria Lúcia, minha parceira de chimarrão e amiga.
ResponderExcluirFique surpresa com teus dotes poéticos e, como tu, nascida no anterior, me trouxe lembranças de minha infância.
Amei
Beijos
Marlene
Queridos amigos Marlene e Lúcio, que surpresa agradável voces me proporcionaram postando estas palavras de incentivo. Segunda que vem terá mais poesia no blog. Obrigada. Grande abraço.
ResponderExcluirOlá Prima Valquiria,
ResponderExcluirQue orgulho que eu tenho de ter uma Prima com um talento desses.
Talento de fazer a gente reviver coisas boas e colocar um sorriso gostoso no rosto.
Abraço, e eu vou te acompanhar de hoje em diante,
juliano Peixoto da Rosa.
Juliano,primo querido, sempre falo com todos da família sobre a nossa afinidade. Acho que é esse nosso jeito espontâneo e divertido de ser que nos aproxima cada dia mais. E porque, com o passar do tempo, a gente percebe que o que vale mesmo nesta vida são os momentos felizes que passamos na companhia de quem nos é especial.
ResponderExcluirNa próxima postagem, que farei no final de semana,tu vais poder te ver numa foto quando tinhas uns 5 aninhos.
Grande abraço, a ti e a tua linda família.
Obrigado Pelo carinho,
ResponderExcluirabração em voce e no cut.
eu já vi a foto, verdadeira reliquia.
bah, com a ultima parte da poesia, de teus pais que no ceu velam por ti,chorei..que lindo! da vontade de ir ai te abracar, mas dai nao ia prestar pq ja enchergo a choradeira que q gente ia fazer haha, beijos Tia Val linda, mil beijos, que Deus sempre continue a regar teu coracao lindo! Amem.
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